04/Quais as doenças mentais mais comuns?

Queremos ajudar-te a:

  • reconhecer sinais e sintomas de sofrimento significativo ao nível da saúde mental 

  • procurar ajuda atempada

  • tomar de decisões mais esclarecidas sobre as modalidades de tratamento propostas pelo(s) profissional(ais) de saúde

Aqui podes encontrar informação credível sobre diferentes tipos de doenças do foro mental.

  • As perturbações de pânico caracterizam-se por episódios repentinos e intensos de medo ou ansiedade, conhecidos como ataques de pânico.

    Os sinais e sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente os episódios de pânico atingem o seu pico em aproximadamente 10 minutos e desaparecem após alguns minuto e incluem uma combinação de sintomas físicos e psicológicos:

    • Os sintomas físicos podem incluir taquicardia, tremores, suores frios, tonturas, sensação de falta de ar, náuseas, desconforto abdominal e sensação de sufocamento.

    • Os sintomas psicológicos podem envolver medo intenso de perder o controle, sentir-se fora da realidade, medo de morrer, sensação de terror iminente e preocupação persistente com a ocorrência de novos ataques de pânico.

    Estes sintomas podem ser tão intensos que interferem nas atividades diárias e causam um grande sofrimento emocional.

    Qual o tratamento?

    O tratamento das perturbações de pânico, geralmente, envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir psicoterapia, medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, técnicas de relaxamento e estratégias de regulação do stress.

    A terapia cognitivo-comportamental, em particular, tem-se mostrado eficaz no tratamento das perturbações de pânico, ajudando as pessoas a entender e modificar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para a ocorrência dos ataques de pânico. Além disso, pode ser prescrita a medicação para ajudar a reduzir a frequência e a intensidade dos ataques de pânico, bem como os sintomas de ansiedade associados. Recomenda-se que otratamento seja individualizado para abordar as necessidades específicas de cada pessoa e promover a recuperação e o bem-estar a longo prazo.

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    Encontreumasaida

    Saudemental

    Metis

  • A Fobia Social também conhecida como perturbação de ansiedade social, caracteriza-se por um medo intenso e persistente de situações sociais ou de desempenho em que a pessoa se sente exposta ao julgamento ou avaliação negativa por parte dos outros. Este medo pode ser tão avassalador que interfere significativamente na vida diária, nas relações interpessoais, na escola, no trabalho e em outras áreas importantes da vida.

    Qual o tratamento?

    Dependendo da sua complexidade, a fobia social pode ser tratada com intervenção psicológica (a terapia cognitivo-comportamental é referida como o mais eficaz), medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos e técnicas de relaxamento.

    É importante ressaltar que o tratamento individualizado é essencial para abordar as necessidades específicas de cada pessoa com fobia social. O acompanhamento regular com um profissional de saúde mental qualificado é fundamental para monitorar o progresso do tratamento e ajustar as estratégias conforme a necessidades que a pessoa vai apresentando.

    Fonte: DSM-V

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    Saudemental.pt

  • O burnout é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como um fenómeno ocupacional provocado pela exposição prolongada ao stress intenso do trabalho. Embora não seja uma condição médica, ele foi classificado como uma síndrome, o que significa que envolve um conjunto de sintomas ou sinais associados a um estado de exaustão (física e emocional) e uma diminuição do envolvimento pessoal no trabalho.

    Os sinais e sintomas do burnout podem incluir:

    • cansaço persistente,

    • falta de energia,

    • irritabilidade,

    • desânimo,

    • dificuldade de concentração,

    • redução do desempenho no trabalho,

    • sentimentos de cinismo em relação ao trabalho

    • sintomas físicos como dores de cabeça e problemas gastrointestinais.

    Embora o burnout atinja pessoas de diversas áreas profissionais, determinadas profissões, por envolverem tarefas que implicam contacto próximo e emocional com os outros – como é o caso dos Profissionais de Saúde, Professores ou Assistentes sociais – são especialmente vulneráveis a este problema de Saúde Psicológica.

    A experiência de burnout não acontece de um dia para o outro, sendo precedida de um período onde os seguintes sintomas se vão desenvolvendo:

    • Exaustão emocional: esvaziamento emocional diminuição da empatia e compaixão pelo outro.

    • Menor realização profissional: avaliação negativa da situação laboral e da forma como o trabalho está a ser realizado.

    • Menor motivação: menos propósito, envolvimento e/ou dedicação ao trabalho

    • Sintomas físicos: Maior fadiga, dores musculares e/ou enxaquecas, alterações do sono ou dos níveis de pressão arterial, entre outros.

    • Menor bem-estar e satisfação com a vida em geral.

    • Deterioração das relações sociais e familiares.

    Qual o tratamento?

    O tratamento do burnout geralmente envolve uma abordagem multifacetada que visa reduzir os níveis de stress, promover o autocuidado e restaurar o equilíbrio emocional e físico. O qual poderá incluir a identificação e modificação de fatores de stress no ambiente de trabalho, como sobrecarga de trabalho, falta de apoio social, conflitos interpessoais e expectativas irrealistas. Além disso, estratégias de gestão de stress, como exercício físico, técnicas de relaxamento, psicoterapia e suporte emocional, podem ajudar a lidar com os sintomas do burnout e promover melhorias.

    O estabelecimento de limites saudáveis, a avaliação das prioridades de vida e a procura de um profissional de saúde mental são fundamentais para a prevenção e recuperação do burnout de forma eficaz.

    Fonte: Mais produtividade

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    Mental Health UK

  • A depressão afeta ao longo da vida cerca de 20% da população portuguesa. Caracteriza-se por uma sensação persistente de tristeza, desesperança, desânimo e falta de interesse ou prazer em atividades cotidianas. Além disso, pode estar acompanhada por uma série de sintomas físicos, cognitivos e comportamentais, como alterações no sono e no apetite, fadiga, dificuldade de concentração, sentimentos de inutilidade ou culpa, irritabilidade, isolamento social e pensamentos suicidas.

    Cerca de metade das pessoas que têm um episódio de depressão recuperam e não voltam a ter nenhum episódio. No entanto, depois de três episódios e se não existir tratamento de prevenção, o risco de reincidência aproxima-se dos 100%.

    Qual o tratamento?

    O tratamento da depressão geralmente envolve uma combinação de psicoterapia, medicamentos antidepressivos e mudanças no estilo de vida.

    A psicoterapia pode ajudar a pessoa a entender e modificar padrões de pensamento negativos, desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis e fortalecer relacionamentos interpessoais.

    Os medicamentos antidepressivos podem ajudar a corrigir desequilíbrios químicos no cérebro associados à depressão. Além disso, mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos regularmente, alimentar-se de forma saudável, procurar apoio social e participar de atividades prazerosas, também são importantes para promover a recuperação e prevenir recaídas.

    A depressão, mesmo nos casos mais graves, pode ser tratada.

    Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, mais eficaz é!

    Procura ajuda de um profissional de saúde, bem como na tua rede de suporte (família, amigos, colegas de trabalho) para que te possam dar apoio na busca de respostas e na recuperação da depressão.

    Fonte: DSM-V

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    Eusinto.me

    Saudemental

  • A perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA) é um transtorno neurobiológico caracterizado por dificuldades persistentes de atenção, hiperatividade e impulsividade que interferem no funcionamento diário e no desenvolvimento da pessoa afetada.

    Uma pessoa com PHDA pode apresentar dificuldade em manter a atenção em tarefas, sendo facilmente distraídos e frequentemente desorganizados. Além disso, pode apresentar comportamento hiperativo, como inquietação, dificuldade em permanecer sentado por longos períodos e agitação motora. A impulsividade também é comum, manifestando-se por dificuldade em esperar pela sua vez, interromper os outros ou tomar decisões precipitadas. Estes sintomas geralmente surgem na infância e podem persistir na vida adulta, afetando o desempenho académico, profissional e social da pessoa.

    É importante que o diagnóstico desta perturbação seja precedido de uma avaliação rigorosa realizada por um ou mais profissionais de saúde.

    Qual o tratamento?

    O tratamento adequado pode incluir: psicoterapia, intervenções educacionais, medicação e suporte familiar. A combinação destas intervenções são essenciais para ajudar a gerir os sintomas ,promover o bem-estar e melhorar a funcionalidade da pessoa com PHDA.

    Fonte: DSM-V

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    Saudemental.pt

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    Eusinto.me

  • O surto psicótico é um episódio em que a pessoa perde contato com a realidade e experimenta uma série de sintomas.

    Durante um surto psicótico, a pessoa pode ter:

    • alucinações, que são perceções sensoriais falsas, como ouvir vozes ou ver coisas que não estão presentes no ambiente real.

    • delírios, que são crenças falsas e irracionais, como acreditar que está a ser perseguido ou que possui poderes especiais.

    • outros sintomas comuns incluem: pensamento desorganizado, comportamento incomum e alterações no humor.

    Os surtos psicóticos podem ter como causa uma variedade de condições médicas e psiquiátricas, como esquizofrenia, doença bipolar, uso de substâncias ou condições médicas subjacentes.

    Qual o tratamento?

    O tratamento pode incluir: medicação, psicoterapia e suporte psicossocial para ajudar a pessoa a lidar com os sintomas e recuperar o funcionamento adequado.

    Em casos em que a sintomatologia se expressa de forma mais aguda e disfuncional poderá ser necessário o internamento hospitalar para estabilização e ajuste da terapêutica medicamentosa.

    Fonte: DSM-V

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    Saudemental.pt

    Mind

  • A esquizofrenia é uma perturbação mental crónica e grave que afeta a forma como a pessoa pensa, sente e se comporta, com um impacto significativo na vida dos doentes.

    É caracterizada por uma variedade de sintomas psicóticos, incluindo

    os chamados sintomas positivos da esquizofrenia: delírios (ideias falsas e bizarras), alucinações (ouvir sons ou vozes que não existem), pensamento desorganizado, discurso incoerente e alterações do comportamento. Os sintomas negativos também são comuns na esquizofrenia e incluem alterações nas relações interpessoais, falta de motivação, dificuldade em experienciar o prazer e alterações do raciocínio lógico e na atenção, causando um progressivo isolamento social e uma disfunção cognitiva com impacto funcional significativo.

    A esquizofrenia geralmente é diagnosticada em adultos jovens, comumente entre os 18 e 30 anos de idade. No entanto, pode ocorrer em uma faixa etária mais ampla, incluindo adolescência e idade mais avançada. Os sintomas iniciais da esquizofrenia podem se manifestar de forma gradual ao longo do tempo ou de maneira súbita, variando de pessoa para pessoa.

    O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para ajudar a pessoa a gerir os sintomas, prevenir recaídas e melhorar o prognóstico a longo prazo.

    Qual o tratamento?

    O tratamento da esquizofrenia geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que inclui medicamentos antipsicóticos, terapia psicossocial e suporte da família. Sendo que a esquizofrenia é uma psicopatologia cuja componente bioquímica é um fator determinante na sua manifestação, uma avaliação e intervenção médica atempada é determinante na recuperação e prognóstico da doença.

    O suporte da família e a psicoeducação sobre a doença são fundamentais para ajudar a pessoa a se manter estável e funcionar melhor no dia a dia. Em alguns casos mais graves, pode ser necessária a hospitalização para estabilização e tratamento intensivo. O tratamento individualizado é essencial para atender às necessidades específicas de cada pessoa e promover uma recuperação e o bem-estar a longo prazo.

    Fon

    Fonte: DSM-V

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    SNS 24

    Mind

  • A Perturbação Bipolar caracteriza-se por oscilações extremas de humor, que incluem episódios de mania ou hipomania e episódios de depressão.

    Durante os episódios de mania, a pessoa pode apresentar sintomas como aumento da energia, humor elevado ou irritável, pensamento acelerado, comportamento impulsivo, diminuição da necessidade de sono e comportamento imprudente. Por outro lado, durante os episódios depressivos, os sintomas incluem tristeza profunda, falta de interesse ou prazer em atividades cotidianas, alterações no sono e no apetite, fadiga, sentimentos de culpa ou inutilidade, e pensamentos suicidas.

    A perturbação bipolar começa tipicamente na adolescência ou durante o início da vida adulta e permanece ao longo de toda a vida. Frequentemente, o diagnóstico é difícil e, como consequência, muitos doentes sofrem desnecessariamente durante anos ou até mesmo décadas.

    O que não é a doença bipolar?

    O termo bipolar é muitas vezes aplicado de forma banalizada e desadequada para se referir a situações em que uma pessoa apresenta uma mudança repentinas de humor, contudo é preciso ter claro que, é natural termos oscilações de humor ao longo da vida e que só se estas forem significativas é que poderão ser consideradas patológicas.

    A perturbação bipolar é uma doença mental considerada grave, com baixa prevalência quando comparada com outras doenças mentais, onde as oscilações de humor são incapacitantes devido à intensidade/gravidade dos sintomas e/ou duração dos mesmos. Os episódios depressivos ou de mania são pautados por estados emocionais e comportamentos que se distinguem significativamente do estado habitual (antes do surgimento da doença) da pessoa.

    Qual o tratamento?

    O tratamento da perturbação bipolar geralmente envolve uma combinação de medicamentos estabilizadores do humor, anticonvulsivantes ou/e antipsicóticos, para ajudar a controlar os sintomas de mania e depressão.

    A psicoterapia e a psicoeducação sobre a doença, são componentes importantes do tratamento. Estas abordagens terapêuticas podem ajudar a pessoa a compreender e gerir os seus sintomas, desenvolver competências de coping e melhorar o seu funcionamento social e ocupacional. O tratamento individualizado é essencial para atender às necessidades específicas de cada pessoa.

    Além disso, a família e pessoas próximas podem ter um papel determinante na recuperação e prevenção de recaída, sendo por isso relevante que os mesmos recebam psicoeducação para conhecer melhor a perturbação bipolar e como lidar diariamente com a mesma

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    SNS 24

    Saudemental.pt

  • A Perturbação Obsessivo-Compulsiva (POC) é um transtorno caracterizado pela presença de pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos.

    Os pensamentos obsessivos são intrusivos, persistentes e indesejados, e geralmente envolvem temas como medo de contaminação, preocupações com segurança, ordem, simetria ou perfeição, pensamentos agressivos ou sexuais indesejados, entre outros.

    Os comportamentos compulsivos são a resposta a esses pensamentos obsessivos e são repetitivos e ritualísticos, realizados com o objetivo de reduzir a ansiedade associada aos pensamentos obsessivos

    Os sinais e sintomas podem variar amplamente de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem a presença de obsessões e compulsões que causam significativo sofrimento e interferem no funcionamento diário. Por exemplo, uma pessoa com POC pode ter obsessões relacionadas à contaminação e realizar compulsões de lavagem excessiva das mãos para reduzir a ansiedade.

    Qual o tratamento?

    O tratamento geralmente envolve uma combinação de terapia cognitivo-comportamental (TCC) e medicamentos. A TCC, em particular, é altamente eficaz no tratamento da POC e pode envolver técnicas como exposição e prevenção de resposta, reestruturação cognitiva e treino em habilidades de enfrentamento.

    O tratamento individualizado é essencial para atender às necessidades específicas de cada pessoa e promover a recuperação e o bem-estar a longo prazo.

    Fonte: DSM-V

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    Eusinto.me

    Informemente

  • O Transtorno de Escoriação (ou skin picking) é um comportamento repetitivo e crónico de arrancar, beliscar ou coçar a pele de forma excessiva e involuntária. O skin picking pode resultar em danos à pele, como feridas, cicatrizes e infeções, e pode interferir significativamente na vida diária da pessoa afetada.

    O objetivo é tornar o local liso, suave, sem defeito, acabando por levar exatamente ao oposto. Em casos mais graves, pode lesar a pele havendo deformações significativas, infeção ou dano tecidual permanente.

    Os locais mais comuns de realização deste comportamento são, por ordem de frequência, o rosto, costas, pescoço, couro cabeludo, orelhas, peito, cutículas, braços e pernas.

    O skin picking está frequentemente associado a outras patologias, tais como as perturbações obsessivo-compulsivas, tricotilomania, depressão major e outros sintomas repetitivos centrados no corpo (eg.: Onicofagia).

    Qual o tratamento?

    O tratamento do skin picking passa por uma combinação de psicoterapia cognitivo-comportamental e farmacoterapia.A intervenção farmacológica pode recorrer a antidepressivos, neurolépticos e antibióticos (nos casos onde se verificam infeções). Nos casos mais graves, pode ser essencial o recurso a tratamento dermatológico ou cirúrgico.

    É importante procurar a ajuda de um profissional de saúde mental para o diagnóstico e tratamento adequados.

    Fonte: DSM-V

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    Itad.pt

  • A perturbação de acumulação caracteriza-se pela dificuldade persistente em descartar ou se livrar de objetos, independentemente de seu valor real. As pessoas com esse transtorno têm uma tendência a acumular uma quantidade excessiva de objetos, mesmo aqueles que consideramos inúteis, sem valor ou até mesmo insalubres.

    A acumulação prejudica as atividades básicas, como andar pela casa, cozinhar, limpar, fazer a higiene pessoal e até mesmo dormir, causando sofrimento significativo no funcionamento social, profissional ou noutras áreas importantes da vida do indivíduo (incluindo a manutenção de um ambiente seguro para si e para os outros). A qualidade de vida está, com frequência, consideravelmente prejudicada.

    A perturbação de acumulação é diferente de um comportamento de colecionar, que é organizado e sistemático, não produz obstrução dos espaços nem sofrimento psíquico.

    Qual o tratamento?

    O tratamento geralmente envolve psicoterapia, técnicas de organização e descarte gradual dos objetos acumulados, além de apoio psicossocial para ajudar a pessoa a lidar com os sintomas e melhorar sua qualidade de vida.

    Fonte: DSM-V

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    Mind

    International OCD Foundation

  • O Síndrome de Stress Pós-Traumático (SSPT) é uma perturbação mental que pode desenvolver-se em pessoas que experimentaram ou testemunharam um evento traumático significativo. Este evento pode ser de natureza variada, como acidentes graves, agressões, abusos, desastres naturais, violência, guerra, entre outros.

    Os sintomas incluem recordar a experiência traumática de forma involuntária, através de flashbacks, pesadelos ou pensamentos intrusivos, evitamento de estímulos associados ao trauma (e.g.: lugares, pessoas ou atividades relacionadas), aumento da vigilância, ansiedade extrema, irritabilidade, dificuldade de concentração, insónia e respostas emocionais intensas.

    Qual o tratamento?

    O tratamento geralmente envolve uma combinação de psicoterapia e medicamentos. A terapia cognitivo-comportamental, em particular, tem se mostrado eficaz no tratamento do SSPT, ajudando a pessoa a processar o trauma, identificar e modificar pensamentos negativos e aprender estratégias de enfrentamento saudáveis. Além disso, o suporte emocional da família e amigos também desempenha um papel importante no tratamento, pois ajuda a pessoa a sentir-se apoiada e compreendida.

    Fonte: DSM-V

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    Hff.min-saude.pt

    ISTSS

    Mind

  • As perturbações do comportamento alimentar são distúrbios psicológicos graves que afetam a forma como as pessoas se relacionam com a comida, o peso e a imagem corporal. Estas perturbações podem envolver uma variedade de comportamentos alimentares desordenados e pensamentos distorcidos relacionados à alimentação e ao corpo. Alguns exemplos comuns de perturbações do comportamento alimentar incluem:

    • Anorexia nervosa: caracterizada por uma preocupação extrema com o peso corporal e uma restrição severa da ingestão alimentar, levando a um peso corporal muito baixo em relação à altura e idade da pessoa.

    • Bulimia nervosa: caracterizada por episódios recorrentes de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios, como vómitos autoinduzidos, uso excessivo de laxantes ou de exercício físico , como uma tentativa de evitar o ganho de peso.

    • Perturbação da Ingestão Alimentar Compulsiva ou Binge Eating: caracterizado por episódios de ingestão de uma quantidade de comida que é significativamente maior do que aquela que a maioria das pessoas comeria. Adicionalmente, existe a sensação de falta de controle ao longo do episódio de ingestão compulsiva. Estes episódios tendem a ser desencadeados por alterações de humor e/ou problemas relacionais do dia a dia e têm como função a estabilização/ regulação emocional.

    Em muitos casos, as perturbações do comportamento alimentar surgem associadas a outros distúrbios como ansiedade, pânico, perturbação obsessivo-compulsiva e problemas de abuso de álcool e drogas.

    Qual o tratamento?

    Estas perturbações do comportamento alimentar podem ter graves consequências na saúde física, mental e emocional das pessoas afetadas, e muitas vezes requerem tratamento especializado, incluindo terapia nutricional, terapia cognitivo-comportamental, acompanhamento médico e suporte psicossocial.

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    Informemente

    Eusinto.me

    Mind

  • As perturbações somatoformes são um grupo de condições psicológicas nas quais os sintomas físicos persistentes não podem ser completamente explicados por uma condição médica ou outra causa orgânica identificável. Os sintomas físicos são reais e causam sofrimento significativo, mas não podem ser explicados por uma doença física específica. Em vez disso, esses sintomas estão relacionados a fatores psicológicos, como stress crónico, trauma ou conflitos emocionais.

    Para o diagnóstico e tratamento adequados, é comum que a pessoa afetada procure vários profissionais de saúde, incluindo médicos de família, especialistas em medicina interna, neurologistas, reumatologistas, entre outros, e sujeitar-se a inúmeros exames complementares de diagnóstico com resultados negativos ou sem alterações.

    Alguns tipos de perturbações somatoformes incluem:

    • Perturbação de somatização: caracterizado pela presença de vários sintomas físicos recorrentes, que geralmente começam na adolescência e persistem ao longo do tempo. Estes sintomas podem envolver diferentes sistemas do corpo, como gastrointestinal, cardiovascular, neurológico, entre outros.

    • Perturbação de conversão: caracterizado pela presença de sintomas neurológicos inexplicáveis, como paralisia, cegueira, convulsões ou tremores, que não têm uma causa médica identificável.

    • Perturbação de dor somática: caracterizado por dor física persistente que não pode ser completamente explicada por uma condição médica conhecida.

    Qual o tratamento?

    O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir psicoterapia, educação sobre a natureza dos sintomas, estratégias de gestão de stress e, em alguns casos, medicamentos para tratar sintomas de ansiedade ou depressão associados. O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a compreender e lidar com os sintomas físicos de uma forma mais adaptativa e melhorar a sua qualidade de vida.

    Conheça o projeto Descomplica do Programa Nacional de Saúde Mental

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  • Os comportamentos aditivos são padrões repetitivos e compulsivos do comportamento que interferem negativamente na vida diária da pessoa, resultando em consequências físicas, psicológicas, sociais ou financeiras adversas. Estes comportamentos são caracterizados por uma perda de controle sobre o impulso de se envolver neles, mesmo que a pessoa reconheça que são prejudiciais.

    Existem diversos tipos de adições, incluindo:

    • Dependência de substâncias: Inclui o uso compulsivo do álcool, drogas ilícitas, medicamentos prescritos de forma inadequada ou tabaco, levando a problemas de saúde física e psicológica, prejuízos sociais e funcionais, e dependência física ou psicológica.

    • Dependência de jogos: caracterizada pelo comportamento compulsivo de jogar, mesmo quando isso causa problemas financeiros, sociais ou emocionais significativos.

    • Dependência de internet e tecnologia: envolve o uso excessivo de dispositivos eletrónicos e internet, como jogos online, mídia social, pornografia online, compras online, entre outros, interferindo nas atividades diárias e nas relações interpessoais.

    Os sinais e sintomas de comportamentos aditivos podem variar de acordo com o tipo de dependência, mas geralmente incluem:

    • Perda de controle sobre o comportamento aditivo.

    • Necessidade persistente de se envolver no comportamento aditivo, mesmo com consequências negativas.

    • Negligência de responsabilidades pessoais, sociais ou profissionais devido ao comportamento aditivo.

    • Tolerância, ou seja, necessidade de aumentar a quantidade ou frequência do comportamento para alcançar o mesmo efeito desejado.

    • Sintomas de abstinência quando o comportamento aditivo é interrompido.

    Qual o tratamento?

    O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir psicoterapia individual e de grupo, medicamentos (quando apropriado) e apoio psicossocial. O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a modificar os padrões de comportamento aditivo, desenvolver estratégias de auto-regulação emocional saudáveis e melhorar a qualidade de vida geral. A intervenção precoce é essencial para prevenir complicações mais graves e promover a recuperação a longo prazo.

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    Escola SaudavelMente

    Saudemental.pt

  • O autismo, também conhecido como Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), é uma condição neurológica complexa que afeta o desenvolvimento cerebral, especialmente nas áreas relacionadas com a interação social, comunicação e comportamento. A PEA é caracterizada por padrões persistentes de dificuldades em interações sociais, dificuldades de comunicação (verbal e não verbal) e padrões estereotipados e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

    As características do autismo podem variar amplamente de uma pessoa para outra, resultando n um amplo espectro de sintomas e níveis de funcionalidade. Alguns indivíduos com PEA podem ter habilidades excecionais em áreas específicas, enquanto outros podem apresentar deficiências significativas em várias áreas do funcionamento.

    Os sintomas de autismo estão presentes desde cedo durante o desenvolvimento da criança, mas, muitas vezes, só são valorizados quando determinadas capacidades, como a linguagem, não se desenvolvem no momento esperado.

    Sinais e sintomas frequentes nos autistas incluem:

    • Dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos sociais, como dificuldade em fazer amigos ou em compreender e responder aos sentimentos dos outros.

    • Dificuldade na comunicação, que podem incluir atrasos na linguagem falada, uso limitado de gestos ou expressões faciais, dificuldade em iniciar ou manter uma conversa e uso repetitivo ou peculiar da linguagem.

    • Comportamentos repetitivos ou estereotipados, como movimentos corporais repetitivos (por exemplo, balançar as mãos ou o corpo), dificuldade em mudar as rotinas, podem apresentar rituais específicos, interesses restritos e fixos e hipersensibilidade sensorial.

    • Dificuldade em compreender e responder a sinais sociais subtis, como tom de voz, expressões faciais ou linguagem corporal.

    Qual o tratamento?

    Apesar do autismo ser uma condição vitalícia, com intervenções adequadas e apoio contínuo, é possível a pessoa com PEA aprender a gerir os seus sintomas e alcançar um bom nível de funcionamento e qualidade de vida. O tratamento, geralmente, envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir terapia comportamental, terapia ocupacional, terapia da fala, educação especializada e apoio psicossocial para a pessoa com PEA e para a sua família.

    É importante reconhecer e respeitar a diversidade das experiências e habilidades das pessoas com autismo e promover uma sociedade inclusiva que ofereça oportunidades equitativas para todos.

    Fonte: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge

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